terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Rosa


A menina da rosa andava calmamente pelas ruas vazias, sem saber para onde ir. Chegou a ponto de pensar em terminar com tudo, com ela mesma, o que seria uma injustiça.

A cada passo sentia mais dor e solidão. Era isso, sozinha no mundo onde as pessoas são frias e egoístas. Ela sabia o que estava sentindo e nada e nem ninguém iria mudar isso. Era como se alguma coisa a consumisse a cada segundo, sufocando-a ainda mais. Já não tinha mais ar.

Resolveu ficar ali parada, estrategicamente escondida para vê-lo pela última vez. Ele como sempre com um olhar profundo e misterioso devolveu o ar que ela tanto precisava. Mesmo de longe ele dava vida a ela. Era só o que ela queria, viver. Mas, ele não pensava assim, nem mesmo sonhava com isso. Ele só queria ficar só, mas não como ela estava, e sim como ele queria.

De repente, ele com seu jeito sério e distraído passou por ela e nem ao menos se deu o trabalho de dizer um “Oi”. Para ele o fim era o fim e ponto, mas para ela, o fim poderia ser um começo.

Foi então que, no auge da emoção ela saiu correndo atrás dele e lhe deu um último beijo de adeus.

Ele meio confuso não estava entendendo muito bem aquela situação, foi quando ele olhou no fundo dos olhos da menina da rosa e se lembrou de tudo que passaram juntos e a abraçou profundamente.

Mas isso não bastava. Ela queria mais e ele menos. Foi então que, ela decidiu cometer a pior fraqueza que um ser humano pode fazer....

E se foi, para nunca mais voltar.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Na cama


Ela, a menina deitada em sua cama tinha pensamentos que iam além desse mundo.

Ela só esperava que alguém fosse a seu encontro, que a fizesse feliz, mas não era tarefa fácil. Quem seria o menino corajoso que se arriscaria a fazer tal feito, já que, nos dias de hoje quase ninguém é capaz de tamanha coragem.

Em um desses seus pensamentos teve uma idéia: viajar. Isso mesmo. Viajar para um lugar onde pudesse esquecer de toda tristeza que ainda carregava no peito com tanta dor. E ela, por mais forte que parecesse, já não estava agüentando mais tudo aquilo. Sentia seu corpo pesado, cansado, sem forças para lutar. Não era primeira vez que a menina da rosa ficava assim.


Era simples, ela só queria amor.